Portal Online Pro: Piadas do Mineirim (3)

Piadas do Mineirim (3)

O Mineirim, caipira lá di Berlândia, entrou no consultório e meio sem jeito foi falando:
- Dotô, o trem não sobe mais. Já tomei de tudo quanto há de pranta, mas não sobe mais mêsm.
- Ah não, meu amigo. Vou te passar um medicamento que vai deixar você novo em folha.
São cinquenta comprimidos, um por dia.
- Mas dotô, eu sou um homi simpres da roça. Só sei contar té dez nos dedo e mais nada uai.
- Então você vai numa papelaria, compra um caderno de cinquenta folhas. Cada folha que você arrancar por dia tome um comprimido. Quando o caderno acabar você já vai estar curado. A receita está aqui.
- Brigado dotô. Vou agora mesmo comprar essi tar di caderno.
E logo que saiu do prédio o Mineirim avistou de fato uma papelaria ali perto. Entrou, a moça veio atender.
- Moça, eu percisava de um caderno de cinquenta fôia.
- Brochura? - perguntou a moça
- Médiquim fí da puta! Já telefonô pra espaiá meu pobrema!

O ônibus que seguia em direção ao Rio de Janeiro pára numa cidadezinha do interior de Minas Gerais.
Ali o Mineirim sobe no coletivo, carregando três leitõezinhos no colo.
Ao perceber a cena, um carioca metido a besta, quis logo tirar um sarro com a cara do Mineirim.
- E aí mineiro, levando os porquinhos para passear?
- Pois é, sim sinhô, os bichim nunca viru o mar, uai!..... Pois carece di vê!
- E esses bichinhos têm nome, mineiro?
- Claru que tem, sô! Óia, este aqui chama "Suatia", o nome daquele alí é "Suavó"...
Não gostando nada das respostas, achando que o Mineirim tava gozando com a sua cara, o carioca o interrompe:
- Pera aí, deixa que eu adivinho o nome do último. Garanto que é "Suamãe"! rsrsrsrs...
- Né não sinhô, esse aqui é "Seupai". "Suamãe" eu cumi onti...

O Mineirim está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.
Ele chama:
- Diproma, vai falá pra sua vó trazer um cafezinho aqui pra visita!
E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
- É meu neto! Eu chamo ele assim pruque mandei a minha fia estudar em Belzonte e ela vortou com ele!

O Mineirim tava no Ridijaneiro, bismado cas praia, pé discarço, sem camisa, caquele carção samba canção, sem cueca pur dibacho.
Os cariocas zombano, contano piada de mineiro. Alheio a tudo, o Mineirim olhou pro marzão e num se guentô: correu a toda velocidade e deu um mergúio, deu cambaióta, pegô jacaré e tudo mais.
Quando saiu, o carção de ticido finim tava transparente e grudadim na pele. Todo mundo na praia tava oiano pro tamanho do "amigão" que o Mineirim tinha. O bicho ia até pertim do juêio. A turma nunca tinha visto coisa igual. As muié cum sorrisão, os homi roxo dinveja, só tinham olhos pro bicho.
O Mineirim intão percebeu a situação, ficou todo envergonhado e gritou:
- Que qui foi, uai? Seus bobão... vão dizê qui quando oceis pula na agua fria, o pintim doceis num incói tamém?

O Mineirim chega pro Carzeduardo e fala:
- Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.
- Magina! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.
- Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o Arcide vai pra sua casa e prega ferro nela.
- Duvido! Ele não teria corage...
- Mais teve! Pode confiri.
Indignado com o que o Mineirim diz, o Carzeduardo finge que sai de casa, sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando pela fresta da porta.
Logo vê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto pra começar a sacanagem.
Mais tarde, ele encontra com o Mineirim, que lhe pergunta o que houve.
E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:
- Foi terrive di vê! Ele jogou ela na cama, tirou a brusa.... e os peito caiu....tirou a carcinha... e a barriga e a bunda dispencaro...... tirou as meia... e apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda. E eu dentro do guarda roupa, cas mão no rosto, pensava: "Ai...qui vergonha que tô do Arcide!!!"

O Mineirim, bom de cama, passando por New York, pega uma americana e parte para os finalmentes.
Durante a relação, a americana fica louca e começa a gritar:
- Once more, once more, once more…
E o mineirinho responde desesperado:
- Belzonte, Belzonte, Belzonte...

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