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Análise - Captain America: Super Soldier



E lá vamos com aquela velha ladainha, de que jogos inspirados em filmes blockbusters são apenas caça-níqueis. Quase uma verdade absoluta, mas é preciso ressaltar que Captain America: Super Soldier, inspirado no filme homônimo, até que se sai bem - quando comparado à bombas como Thor (e seus bugs), Iron Man, Harry Pottere Green Lantern: Rise of the Manhunters, o menos pior dessa última leva.


Você viu o filme e ficou com vontade de arremessar com toda a sua força aquele escudo feito de Vibranium? Então, essa é a sua chance. Quando Steve Rogers arremessa o escudo durante o jogo, percebemos que há um cuidado todo especial da Sega para esse movimento. É o principal mecanismo do jogo, e também o único que funciona.


Soldadinho burro


A pior parte de Captain America é a inteligência artificial dos inimigos. Soldados e chefes de fase, que supostamente deveriam fazer você suar a camisa para derrotá-los, provam-se acéfalos ante os quatro botões de ataque do seu personagem. Com um deles você esmurra, e com o outro, agarra os inimigos. Aí temos o botão de esquiva (que esquiva praticamente tudo se pressionado no tempo certo, o que não é difícil) e um botão de counter. Se pararmos para pensar, é um mapeamento de botões bastante similar ao encontrado em Batman: Arkham Asylum. Assim como no jogo do morcego, os inimigos também dão sinais de que vão atacar, dando tempo de sobra para que a sua estratégia seja pensada e executada - além da sempre presente câmera lenta nos combates.


Mesmo contra os chefões de fase, a estratégia não varia do 'dois socos-esquiva-dois socos... um ataque especial'. As classes de soldados variam entre os rasos, atiradores, pseudo gigantes com armaduras (que assustam visualmente, mas são tão ignóbeis quanto os demais), soldados mutantes (esses até dão um trabalhinho por causa dos seus escudos de força), robôs e generais.


É claro que fica a dúvida: será que eles são realmente fáceis, ou é o Capitão América que é forte demais? Seu escudo repele absolutamente qualquer ataque que venha em sua direção. se usado no momento exato, rebate balas, raios e tiros de bazuca. Ele também serve de paraquedas (de acordo com a primeira cutscene do jogo) e transforma os inimigos numa mesa de pinball - isso mais para o final, quando você troca seus pontos de experiência para aumentar a força do escudo e derrubar quatro inimigos (no mínimo) com um único arremesso.


E tudo isso durante a Segunda Gerra Mundial (ou quase)


Captain America: Super Soldier não carrega quase nada do roteiro original do filme que lhe originou. É como se fosse uma história paralela, com pouquíssimas ligações com o original - e quando existem, são passagem "parecidas", que se perdem num contexto criado para o game. É como se os desenvolvedores tivessem sido forçados a colocarem determinadas passagens dentro do game, apenas para divulgar o filme.


Os cenários variam entre uma vastidão de nada para fazer (além de coletar documentos e estátuas) e corredores apinhados de inimigos. Ao invadir a fortaleza do Caveira Vermelha, por exemplo, além de um vilarejo inteiro à sua disposição, ainda existem inúmeras passagem secretas que levam a lugares longínquos que muitas vezes dão em becos sem saída. A maioria dos caminhos alternativos só carregam o propósito singular de conquistar um ou outro troféu/achievement que o game oferece.


Os efeitos visuais, em comparação ao filme, não impressionam absolutamente nada. Explosões sem graça, a chuva que não cai direito, caixas que quando quebram, simplesmente desaparecem, são muitos problemas que não deveriam estar lá, mas geram um certo desconforto e também uma grave depreciação do produto final.


Para um divertimento pós-créditos, existem os Challenges, mas que, da mesma forma que a campanha normal, não oferecem o desafio esperado. Grande parte dos desafios remete a enfrentar hordas de inimigos e vencê-los no menor tempo possível. Meio chato.


Captain America: Super Soldier não é o pior do mundo. Tão pouco lhe fará querer tê-lo na sua estante de jogos. Assista ao filme, se empolge, alugue, termine-o e devolva. Simples assim.

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