Portal Online Pro: Análise: Might & Magic Heroes VI.

Análise: Might & Magic Heroes VI.

CONSIDERAÇÕES



Em sua sexta edição, “Might & Magic Heroes” volta muito bonito e com a mecânica bem familiar para quem conhece a série. Os combates estratégicos aliados com situações desafiadoras vão fazer os estrategistas queimar os neurônios a cada turno de combate. O problema é que a história é insossa, faltou uma polida para que os detalhes da mitologia e dos personagens fossem mais divertidos de se acompanhar do início ao fim. Em linhas gerais, é um game bem divertido para jogar contra o computador, mas quem quiser jogar online deve ser dotado de paciência e não ter pressa para acabar uma simples disputa de território.



INTRODUÇÃO




A clássica série de estratégia por turnos da Ubisoft ficou seis anos na geladeira, mudou de nome, ganhou um spin-off (uma aventura paralela) para Nintendo DS, Xbox 360 e PlayStation 3 com “Might & Magic: Clash of Heroes”. Todos esses processos foram essenciais para que “Mighty & Magic Heroes VI” não seja lembrado apenas por ser um novo jogo da franquia “Heroes”, mas sim por trazer elementos genuinamente novos e relevantes.

  • RPG estratégico


  • A mecânica de “Heroes VI” não foi alterada em sua essência básica. Assim como nos games anteriores, o jogador tem que concentrar sua atenção em duas partes. Os combates e o gerenciamento do herói. É nessa segunda parte que notamos o quão próximo o jogo está mais próximo de um RPG do que dos games de estratégia.

    É necessário escolher equipamentos, habilidades, movimentação e coisas do tipo. Nada complicado demais, na verdade, todo gerenciamento de personagem está mais intuitivo e simples. Você pode gerenciar seu exército de criaturas mágicas, construir e evoluir cidades. Na verdade a evolução estratégica do personagem está tão interessante que o jogador tem que queimar os neurônios pensando em quantos passos serão dados a cada turno, quais itens serão equipados e assim por diante.
  • Combates emocionantes


  • Os combates de “Heroes VI” são bem divertidos, quem quer acompanhar apenas a história – se é que alguém consegue se interessar por ela – pode ignorar essas fases completamente e selecionar a opção de combate automático. Mas quem escolher pular os combates estará perdendo 70% da diversão proporcionada pelo jogo.

    O combate acontece em um cenário preenchido por uma grade e cabe ao jogador decidir onde disponibilizar suas tropas. Para isso vem bem a calhar o velho esquema de pedra, papel e tesoura, no qual certas unidades são mais efetivas contra outras. Para dar um temperinho para o combate é possível usar habilidades e magias dos heróis para mudar o rumo das batalhas.
  • Mapas desafiadores


  • Os mapas são bem desenhados e garantem que você elabore as suas táticas para cada situação. O problema é que “Heroes VI” sofre dos mesmos problemas de outros games do tipo e favorece quem constrói muitas unidades, garantindo uma vitória na base da pancada e menos cerebral. É possível notar que os produtores tentaram evitar esse tipo de tática, criando dificuldades para angariar recursos suficientes para preparar um exército gigantesco, mas ainda assim existem formas para alavancar a economia e garantir esse tipo de vitória.
  • História não é das melhores


  • Em linhas gerais, a história não é o ponto mais alto de “Heroes VI” e tenta apresentar a mitologia e as facções que aparecem em Ashan, porém a trama não é bem executada, acaba mostrando muitos elementos de uma só vez e em muitos casos acaba deixando o jogador perdido com o que está realmente acontecendo.

    No total são seis facções que podem ser escolhidas e cada uma delas com um herói. Se você deixar os detalhes de lado e se focar na trama de cada uma das facções, vai se deparar com histórias insossas e bastante genéricas. Você vai acompanhar, mas sem aquele clique de curiosidade para ver como acaba.

    O sistema de moral apelidado como ‘Tears and Blood’, no qual as escolhas que você faz influenciam quais habilidades serão aprendidas, também é totalmente dispensável. Os personagens não são cativantes o suficiente para pensar na história antes dos itens e poderes que são liberados.
  • Multiplayer maçante


  • Para quem se cansar de jogar contra o computador existe ainda a opção de jogar contra um amigo pela internet. O problema é que o jogador terá que exercitar sua paciência, pois como se trata de um jogo de estratégia por turnos, cada jogador deve esperar a sua vez para dar ordens e fazer movimentos nos mapas de combate. Pelo menos existe a opção “Hot Seat”, que é mais divertida, pois dois jogadores podem revezar o assento em frente ao computador.

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