Se havia uma particularidade que a série F.E.A.R. possuía e era imbatível, era a capacidade de gerar uma atmosfera pesada, daquela que o deixava nervoso e incapaz de raciocinar com clareza. Armazéns e colégios abandonados, salas de escritórios ou mesmo a vastidão de uma rua deserta o terror o espreitava, pois Alma estava por perto e ela ia te assustar, de verdade.
F.3.A.R. finaliza a história da carismática Alma , colocando Point Man e Fettel como protagonistas. A trama, que não faz muito sentido aos jogadores que não partilharam das experiências dos dois primeiros jogos, não dá sustentabilidade nem mesmo aos veteranos. Fraquíssima, não dá ao fã da série aquele tom aterrorizante dos demais capítulos.
Aos não familiarizados, ambos os protagonistas são derivados da primeira aventura, em que tínhamos Point Mancomo o herói mudo e Fettel, o vilão. A marca de tiro na cabeça de Fettel também é uma referência ao final do primeiro jogo, assim como toda a busca pelo soldado Michael Becket, integrante do pelotão estrela de F.E.A.R. 2. São inúmeras referências aos outros jogos e pouquíssimas explicações para os novatos.
E tirando isso, o que encontramos é um jogo de tiro em primeira pessoa simples, sem inovações. A famosa inteligência artificial do segundo jogo não apresenta muitas mudanças, aliás, parece até que os soldados inimigos ficaram um pouquinho mais burros. Tirando alguns momentos que a IA parece mesmo aprender com a repetição, no geral os soldados mantém-se no mesmo lugar e não tentam invadir o seu espaço de cobertura, diferente do segundo jogo.
Para uma experiência um pouco diferente da convencional, temos uma campanha jogada na perspectiva de Fettel, uma entidade sobrenatural que precisa se apossar dos corpos dos soldados inimigos para ser visto. Ele é como um fantasma (mas essa parte de ficar invisível só funciona nas cutscenes), e usar armas só possuindo corpos alheios. As coisas não correm muito bem no single player do jogo, porque a cada cutscene, você magicamente volta a ser Point Man e os erros de continuidade (ação/história) são muito perceptíveis.
F.3.A.R. tem uma campanha até que extensa, com oito capítulos e que podem ser jogados em modo cooperativo, online e offline. Jogar acompanhado é o maior trunfo do jogo, praticamente sem appeal se desfrutado de forma egoísta. Legal mesmo é suspender os inimigos no ar com Fettel e esperar seu irmão atirar, certeiramente, o desmembrar com tiro à queima-roupa.
F**king RUN!
O multiplayer de F.3.A.R. é implacável. Basicamente tudo gira em torno da cooperação. Com exceção do Soul King, um tipo de incorpora-mata-incorpora, que envolve você roubar corpos e eliminar a competição, o restante dos modos envolvem a sinergia entre os participantes do seu time. Veja bem, se morrer um, morrem todos.
Os modos survival convencionais não sofrem desse mal, o problema mesmo é o F**king Run!, que coloca você contra uma parede imensa de fumaça que vai se aproximando a cada instante. O desafio é escapar dessa parede ao mesmo tempo que enfrenta hordas de soldados inimigos querendo a sua cabeça. Se um companheiro tombar, é preciso ajudá-lo, senão todos perdem. Difícil e divertido.
F.3.A.R. dá cabo da história de Alma, Point Man e Fettel, e como todo bom filme/jogo de terror, gera pontas para continuações. Não inova, não assusta e diverte pouco, se jogado sozinho. Por isso, compre em pares e divirta-se
oi eu sou hyssa e adoro bakugam
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