Portal Online Pro: Duke Nukem Forever

Duke Nukem Forever

Atenção crianças, sentem em suas cadeiras, abram seus livros, façam silencio, e sejam todos bem vindos a Velha Escola!

Depois de longos 12 anos de espera, inúmeras trocas de engine, e várias trocas de proprietárias da marca, finalmente, Duke Nukem Forever é lançado. Mas porque tanto barulho foi feito para esse game? Por que ele é tão diferente dos outros FPS? Por que ele vem recebendo notas tão baixas da critica “especializada”? Acompanhe:

Duke traz uma proposta diferente, é um FPS focado no personagem, e na diversão, ao invés do realismo e drama que estamos acostumados atualmente, é um game exatamente na mesma linha de seu antecessor, Duke Nukem 3D, e de pioneiros do gênero, como Doom. E meu amigo, como estamos desacostumados desse tipo de jogo. Duke de forma alguma é um game ruim, como veremos nas palavras adiante, mas está longe de ser um rival aos “Call of Dutys XYZ”, Duke foi feito pensando 300% nos fãs da serie, que não iriam aceitar nada menos do que ver o velho game ressurgir com tudo que essa nova geração oferece. Criando uma grande experiência para os fãs, mas uma experiência pobre para aqueles que são da geração pós Counter Strike. Portanto, não se ofenda caso não goste do game, você apenas não entende a proposta.

Hail to the King, Baby!

Duke Forever é uma continuação direta de Duke Nukem 3D, o game se passa exatamente 12 anos apos a tentativa invasão da terra, por aliens comandados pelo Imperador Cicloyd, invasão que foi repelida por nada menos que, é claro, Duke Nukem.

Apos algumas semanas pairando por Lãs Vegas, uma nave alienígena continua sem manter contato, e com o Presidente dos EUA negociando diretamente com o imperador Cicloyd, a ultima coisa que eles precisam, é que Duke saia de seu belo cassino, e provoque os aliens. Mas, infelizmente, os aliens tiveram a péssima idéia de roubar nossas mulheres. It’s Time to Kick Some Ass.

O Gameplay do jogo reflete as antigas, praticamente todos os elementos do jogo original retornaram, armas como a Ripper e Devastator, itens como o Holoduke, e muita interação com o ambiente a sua volta criando clássicos momentos com certeza estão presentes. Dessa vez, o numero de armas é limitado a duas por vez, mas como no game anterior, a munição é ainda mais limitada, sua shotgun por exemplo, pode apenas carregar 28 balas, e em alguns momentos garanto que será pouco. Alguns itens receberam uma nova roupagem, mas continuam fieis a versão original, como a pipebomb, que agora é acionada através de um controle remoto de alarme para carros, genial.

Outro item no gameplay que também vai ser “ame ou odeie”, são as partes do game em que Duke é encolhido, e fica do tamanho de um “figura de Ação” em suas próprias palavras, dando uma nova perspectiva a um ambiente já visitado.. Como não poderia faltar uns defeitos, Duke é extremamente lento quando anda, o que torna difícil desviar de algumas coisas, e quando Duke morre, uma demorada tela de loading precede sua volta a jogatina, morra 3 vezes no mesmo ponto, e você entenderá como essa tela de loading derruba o clima.

A jogabilidade está bem fluida, com um bom mix entre puzzles e pancadaria, com alguns veículos que se pode comandar durante o jogo, desde um big foot do próprio Duke, até itens mais simples, como uma empilhadeira.

Pegando emprestado dos jogos atuais. Duke tem uma espécie de “escudo”, que é seu Ego,e o mesmo pode ser aumentado interagindo com diversos objetos durante o jogo, como por exemplo uma maquina de pinball, se admirando no espelho , ou introduzindo suas “partes masculinas” através de um suspeito buraco numa parede de banheiro. Vale tudo por aqui. Ao receber dano, é necessário se esconder um pouco, para que a barra recarregue. Também é possível executar um inimigo caído, para encher por completo a barra de ego.É possível usar o Freeze Ray para congelar um inimigo, pois inimigos congelados garantem uma execução, as vezes em DNF pode valer a pena mais ir para cima dos inimigos, do que se esconder.

Os inimigos também remetem a versão original do game, o que traz uma boa variedade durante o jogo, em poucos momentos você irá matar muitas vezes o mesmo tipo de inimigo. Cada inimigo tem um ataque especifico, então será necessário algumas vezes pensar bem, e escolher bem o tipo de equipamento a ser carregado. Os desafios ainda continuam variando de “bem grande” a “gigante”, e lembre-se, os bosses só são atingidos por turretas ou explosivos, portanto nada de ficar enrolando, pois os mesmos não perdoam e sempre trazem em primeira mão a tela de game over.

Graficamente o game não é uma das jóias da geração atual, mas praticamente sem falhas ou bugs, percebe-se que o game foi focado em criar uma experiência de jogo completa, com um bom balanço de Ação entre as fases. O jogo também é carregado de referencias a filmes, jogos, e até musicas, a cada vez que você explora uma área, acaba com uma ou outra surpresa. Dentre os insultos, você pode contar com nomes como Halo, Gears of War, Dead Space e mais uma longa lista de piadinhas infames ou imagens engraçadas.

Foi adicionado um modo multiplayer, com os modos mais tradicionais atualmente, mas com um toque Duke, dentre os modos, existe um chamado “Capture the Babe”, que funciona como o bom e velho pega-bandeira, mas nesse caso, a bandeira é uma garota, e que regularmente precisa de um belo tapa no “traseiro” para ficar quieta. Simplesmente hilário.

Num resumo, DNF é um game que vai trazer uma ótima sensação aos que ainda tem saudades de como eram simples os games nos anos 90, mas deixará um gosto ruim na boca daqueles que estão acostumados aos COD’s e Battlefields da geração atual. Nunca vi um game que apelasse tanto ao gosto pessoal.

Duke é simples assim, Ame ou Odeie.

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