O game recebeu cuidados em todos os aspectos. Pra se ter uma ideia até a história foi tratada desta vez. O pano de fundo é um plano encabeçado pelo Dr. Destino, que propõe uma aliança com os maiores vilões do planeta para dar cabo dos heróis que não cansam de acabar com os planos dos caras maus. O problema é que uma entidade cósmica, ou galáctica se preferir observa os embates tramando seus próprios objetivos.
O elenco de MVC3 perde em número para o seu anterior, sendo 34 personagens disponíveis, dois deles via download (Jill Valentine e Shuma Gorath) contra os 57 de Marvel Vs Capcom 2. É muito provável que esse número aumente com novos anúncios via download (sacanagem dona Capcom!). O elenco conta com personagens bem variados, uma mistura de alguns bem conhecidos e outros que estão debutando. Dentre as novidades, Dante e X-32 mostraram uma jogabilidade extremamente frenética. Já M.O.D.O.K. é o típico exemplo de personagem que além de esquisito demais (nunca tinha ouvido falar dele até o anuncio em MVC3) também se mostrou uma experiência frustante em termos de jogabilidade.
O chefão final trata-se de Galactus, o gigante devorador de mundos do universo da Marvel e alter ego do Surfista Prateado. E não espere moleza no confronto final como as encontradas contra os chefões das versões anteriores. Galactus é um desafio a altura até mesmo para os mais habilidosos. O cara apela muito e possui golpes fulminantes. A apelação é tanta, que se você for derrotado por ele, você não leva um simples K.O., mas sim um "Earth K.O.". Ah sim, antes de enfrentá-lo você deve encarar dois vilões prateados escolhidos aleatoriamente, simultaneamente. Sentiu o drama?
A jogabilidade do game foi mantida a das versões anteriores, porém mais simplificada e muito mais fácil de se aprender. A inspiração de lutas em trio de The King of Fighters continua, bem como o sistema de combos inspirado em Darkstalkers. Porém, os botões sofreram alterações. No lugar dos botões de soco,chute fraco/médio/forte, você conta com apenas quatro botões para ataques fracos, ataques médios, ataques fortes e um botão para especiais. Explicando utilizando a mim ... digo Ryu, por exemplo. O personagem continua com seus golpes clássicos, ou seja, você pode desferir hadoukens, shouryukens e tatsumaki senpukyakus normalmente usando os três botões de acordo com a intensidade desejada. Mas, se você apertar o botão de força média, por exemplo, Ryu desferirá um chute, porém se o botão for pressionado juntamente com o direcional para frente, o golpe aplicado será o Sakotsu Kiri, aquele soco de dois tempos. E assim, segue-se a jogabilidade para qualquer personagem escolhido. Os botões superiores servem para as mudanças de personagem ou para chamar os membros de seu trio para um ataque rápido.
O quarto botão de especiais, basicamente serve para lançar o oponente ao ar, e assim aplicar os Aerial Combos, marcantes da série desde X-Men Vs Street Fighter. No canto inferior da tela existe uma barra que serve para o X-factor, um golpe inspirado no Focus Attack do Street Fighter que permite cancelar um especial e emendar outro em seguida. No mais, estão presentes os super especiais solos, em duplas e em trios.
O que realmente decepciona em MVC3 são os poucos modos para se jogar quando você está sozinho. Fora o modo Arcade e o modo para treinos não há mais nada para se fazer. A Capcom não se deu ao capricho nem de colocar um modo Survival ou um Modo Time Attack. Claramente, o game foi proposto para partidas online, que por sinal andaram apresentando problemas para a Capcom pelo grande número de usuários jogando na rede, que deixaram servidores da empresa perdidinhos.
O game, ao exemplo de MVC2 monitora o seu desempenho para oferecer alguns extras. Portanto, cada missão cumprida, cada Arcade Mode completado, tempo de uso de determinado personagem, etc., podem habilitar as artes conceituais do game, vem como vídeos e é claro, personagens extras. Quatro personagens extras estão presentes no disco, que não são segredo nenhum, pois o elenco completo de MVC3 já havia sido divulgado há muito tempo.
A parte gráfica de MVC3 é fenomenal. O game foi produzido para que você se sinta em uma história em quadrinhos, e esse objetivo fou muito bem cumprido. Os personagens, sem exceção foram todos caprichados, ninguém recebeu tratamento diferenciado. Já os cenários, também esbanjam criatividade e beleza. Você vai reconhecer muitos lugares de vários games das duas empresas.
Os efeitos especiais das lutas são soberbos. Todos os golpes são extremamente detalhados e com vários quadros de animação. Os efeitos de explosões, luzes, fogo e afins são espetaculares de tão belos. Os super especiais são de babar de tão intensos e violentos.
A trilha sonora de Marvel vs. Capcom 3 é excelente. A começar pela dublagem, você tem duas opções de idioma para os personagens, inglês ou japonês e o mais bacana é que o idioma pode ser selecionado individualmente para cada personagem. As músicas apresentam temas totalmente novos, mas também estão presentes temas clássicos remixados (de novo!). Aquela musiquinha conhecida chamada "I Wanna Take You For a Ride", também está presente.
Pra finalizar, Marvel Vs Capcom 3 é um jogão. Uma jogabilidade 2D precisa, simples, rápida e viciante com lutas frenéticas e empolgantes alinhada a uma parte gráfica 3D exuberante e trilha sonora bem definida fazem este game obrigatório para todos, até mesmo os que não possuem tanta habilidade, e o tornam o verdadeiro sucessor da franquia de crossover da Capcom.
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